Revista da Farmácia (ed. 195):
Todo fim de ano merece uma celebração. É o momento de reconhecer o esforço dos colaboradores e os resultados conquistados, principalmente por ter sido um ano cheio de adversidades, provocadas pela crise política e econômica. O importante é ter superado e se mantido de pé. Mas organizar uma festa exige alguns truques e cuidados. É fundamental se organizar para manter os custos dentro do que foi planejado. Orçamento baixo não é motivo para desistir do encontro de fim de ano.
A especialista em Recursos Humanos, Lucia Gadelha, aconselha fazer um almoço simples com a presença dos colaboradores, em vez de uma festa que demande muito dinheiro. “Se a empresa tiver um espaço interno, pode optar por um encontro no fim do expediente, em clima de happy hour, mas o objetivo principal das confraternizações é integrar os funcionários”, destaca Lucia.
Para não fazer feio, algumas medidas são indispensáveis, como definir, com antecedência, o local e a data em que o encontro será realizado. “Na escolha do espaço, o ideal é que seja priorizado o fácil acesso dos funcionários, considerando sempre a logística e a locomoção de ida e volta”, frisa a especialista em RH.
Quanto ao que será servido, primeiramente, é preciso contabilizar o número de pessoas com presença confirmada para depois decidir as opções mais indicadas, o que dependerá da escolha do tipo de evento. Se o encontro ocorrer em um sítio, o ideal é um churrasco; se for um almoço ou jantar, pratos salgados e sobremesas podem ser selecionados de acordo com o gosto da maioria. “Em relação às bebidas, fica a critério da empresa decidir se servirá as alcóolicas ou não. Definir a quantidade com antecedência também é essencial para evitar desperdício ou falta”, sinaliza Lucia.
Convide, mas não exija presença
Independentemente de a festa ser cara ou barata, as empresas devem convidar os funcionários com antecedência, para que tenham tempo hábil de preparar o encontro, sem surpresas. A maioria das corporações prioriza a confraternização entre funcionários. Somente quando o orçamento permite, os familiares são convidados. “Vale destacar que a empresa tem a obrigação de fazer o convite ao funcionário, mas não exigir que ele participe. A decisão é de cada um”, ressalta a consultora.
Uma maneira de atrair a atenção para o evento e criar expectativas positivas para mais uma confraternização é usar as redes sociais, que provocam o engajamento por meio de curtidas, comentários e compartilhamentos. Por meio desses canais, é possível adiantar os detalhes da festa, informar local e horário e mencionar as atrações.
Em geral, festas de fim de ano são propícias ao bom humor, à descontração, à diversão e, até mesmo, à realização de palestras, mas a programação precisa ser ajustada ao perfil social, econômico e etário dos funcionários, priorizando sempre a integração de todas as equipes dos diferentes setores da empresa.
Se, durante a festa, a empresa decidir que vai apresentar o planejamento estratégico do próximo ano, isso deve ser feito de maneira breve, sem estender demais essa apresentação. As pessoas preferem celebrações de fim de ano marcadas por momentos divertidos e descontraídos.
E, para diretoria, gerência e demais líderes, fica a dica: participem também das atividades propostas durante o evento. “Quando o clima é de alegria, ele fica registrado na memória afetiva de todos”, finaliza Lucia.
Dez dicas para não fazer feio
- Não consuma bebidas alcoólicas em excesso.
- Evite falar mal da festa e das pessoas presentes.
- Para as mulheres: evitem decotes, saias curtas e roupas muito justas e transparentes.
- Comemore com todos e evite as famosas “panelinhas”.
- Nada de tratar o chefe como se fosse um amigo íntimo.
- Deixe para “paquerar” depois da festa.
- É deselegante encher o prato com muita comida. Se for o caso, repita quantas vezes quiser.
- Registre com fotos, mas evite os momentos constrangedores.
- Não discuta problemas de trabalho com seus colegas.
- Não fale de boca cheia.
Comunicação Ascoferj