A Close-up International, empresa que audita o setor farmacêutico no Brasil, acaba de publicar um estudo com os detalhes sobre o crescimento do mercado farmacêutico durante a pandemia da Covid-19, ao longo de todo o ano de 2020.
Resultados de mercado
De uma forma geral, houve um impacto bastante positivo – em unidades, o aumento foi de 7,4% em relação ao ano anterior, atingindo a marca de 6,6 bilhões e consolidando-se como o melhor desempenho dos últimos cinco anos. Em reais, a diferença foi ainda maior, chegando a 11,7%, o equivalente a R$ 92,4 bilhões.
Na comparação entre os dois semestres do ano, é possível perceber um resultado melhor no primeiro, fortemente impulsionado pelo crescimento do mês de março, que bateu recorde histórico e teve crescimento de 29,8% (673,5 milhões de unidades) em relação ao mesmo período de 2019. O segundo semestre começou bem, mas teve queda de desempenho entre os meses de agosto e outubro. Os últimos dois meses do ano demonstraram sinais de recuperação, chegando respectivamente a 55,7 milhões e 589,6 milhões de unidades comercializadas.
Independentes foram destaque
As farmácias independentes fizeram a grande diferença no crescimento total do mercado: 38% (R$ 3,69 bilhões) dos resultados vieram delas devido à migração dos consumidores dos grandes centros empresariais para as farmácias de bairro, geralmente independentes. Mesmo com números menores, as grandes redes também tiveram um bom desempenho e cresceram 25,1%, o equivalente a R$ 2,44 bilhões.
As redes associativistas representaram um crescimento de 23,4%, o equivalente a R$ 2,28 bilhões, enquanto as pequenas e médias redes somaram o restante (R$ 0,95 bilhões).
Abertura de PDVs
Mesmo com a grande movimentação entre abertura e fechamento de farmácias, o setor terminou o ano com saldo positivo e 86.187 pontos de venda (PDVs). Em relação a 2019, foram fechadas 7.253 lojas, mas surgiram 7.957 novas, e equivalente a um aumento de 23,5%. Ainda assim, 96% de todo o incremento de demanda foi concentrado nos PDVs que já existiam no ano anterior.
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Fonte: Revista da Farmácia