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Compra e venda colocam o canal farma em destaque e ampliam a dimensão dos negócios

Guia da Farmácia

As fusões e aquisições estão agitadas diante do crescimento do País. Elas acontecem o tempo inteiro e vão continuar movimentando o setor

Em 2009, a Drogasil foi às compras no Distrito Federal, abocanhando a Vison. A Pacheco foi atrás de lojas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Para a professora Maria Cristina Sanches Amorim, economista e coordenadora do MBA sobre indústria farmacêutica na PUC-SP, este movimento do varejo em busca de oportunidades para crescer acontece quando um segmento da cadeia produtiva se concentra. Quando uma parte da cadeia faz as aquisições, é esperado que o mesmo movimento se repita em outros setores.

Ela exemplifica falando da indústria alimentícia no Brasil, que levou à concentração dos supermercados. Isolados, os supermercados se mantêm pelos diferenciais como localização, mix de produtos etc. Fenômeno semelhante está acontecendo com o varejo de medicamentos, há um movimento de concentração. Não dá para afirmar que as farmácias isoladas desaparecerão, mas é recomendável que compreendam quais são seus diferenciais frente às redes.

A continuação desse movimento foi a grande compra do ano de 2010 no varejo, do Drogão pela Drogaria São Paulo. A rede comprada tem expressiva participação no mercado paulista, é a quarta principal rede de drogarias do Estado de São Paulo e 14ª no ranking nacional com relação ao faturamento. Com o fechamento do negócio, a Drogaria São Paulo garantiu a liderança do mercado em todo o País, posto ocupado pela nordestina Pague Menos no último ranking. Com este investimento, a Drogaria São Paulo deve fechar o ano de 2010 com mais de 360 lojas e cerca de R$ 2,5 bilhões de faturamento. Para muitos analistas, a drogaria paulista não fez nada mais que dar uma resposta a sua concorrente nordestina.

Em seguida, foi a vez de a Pfizer comprar o laboratório goiano Teuto, terminando o que pode ser apenas a primeira fase de uma negociação de oito meses com a companhia de genéricos. O interesse do laboratório americano no Brasil não termina por aí, pois existe a possibilidade de a empresa adquirir 100% do Teuto a partir de 2014.

Mas isso não é nenhuma novidade para o setor, pois a sanofi-aventis já tinha feito aquisição da Medley, maior farmacêutica de genéricos do País, em 2009. Tamanha é a representatividade dos estrangeiros por aqui que no ano marcado pelos 10 anos de genéricos a Pró Genéricos divulgou que a participação das multinacionais nesse mercado do Brasil triplicou nos últimos dois anos, atingindo 40% do total da receita dos laboratórios que atuam nesse segmento no País. Há três anos, essa fatia era de 12%.

Para Sergio Mena Barreto, presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o setor farma é a bola da vez, pois preencheu as páginas dos jornais que antes noticiavam as aquisições do varejo alimentar. Ele afirma que as aquisições acontecem o tempo inteiro, mas nem sempre é tão divulgado, e isso vai continuar acontecendo.

Além de os gastos do governo com a compra de medicamentos terem aumentado acima dos gastos totais com saúde, Renato Dani, executivo da butique de investimentos Araujo Fontes, acrescenta dois fatores que levam o setor a ser um bom negócio. Primeiro vem o crescimento populacional. Até 2030, diz ele citando dados do IBGE, o Brasil terá 35 milhões de novas famílias. Em segundo, vem o aumento da renda. E a venda de medicamentos está diretamente relacionada com este fator.

Outro lado das aquisições, explica o economista da consultoria econômica LCA, Luiz Paiva, é a busca de escala. Ele diz que ampliando a dimensão dos negócios, uma empresa pode expandir seus ganhos em função da redução de custos e de sinergias positivas. Existe ainda a vontade de algumas empresas de entrar em nichos regionais ou setoriais em que o custo de instalação de nova unidade seria maior do que o de aquisição de uma empresa já instalada.

Atualmente, lembra Renato, esse mercado é muito grande e conta com amplo número de lojas, além de ser extremamente pulverizado. As minirredes estão presentes por todos os lados. “Qualquer mercado fragmentado é grande oportunidade” Mas este é ainda mais forte por uma característica própria: a necessidade de proximidade com o cliente.

Por isso muitas redes optam em não construir suas próprias lojas, elas preferem comprar o que está pronto. Dessa forma, a empresa consegue a capilaridade desejada. Também existe aquele perfil de redes que focam em comprar redes já com porte. Nesse caso, elas buscam abrangência nacional, qualidade administrativa e estrutura logística. (C.M.)

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