Valor Econômico
A companhia EMS, o maior laboratório farmacêutico de capital nacional, vai investir cerca de R$ 600 milhões em 2010 para promover sua expansão no país e consolidar sua liderança em medicamentos genéricos. Esses aportes serão concentrados, sobretudo, em pesquisa e desenvolvimento e criação de marca, afirmou ao Valor Waldir Eschberger Júnior, vice-presidente de mercado do grupo.
Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento são considerados estratégicos para o grupo, que deverá destinar aproximadamente R$ 150 milhões em inovação, o que permite maior competitividade do grupo no mercado interno. A empresa também quer se consolidar na liderança em genéricos no país – a EMS oscila entre a primeira e a segunda colocação nesse segmento, que responde por cerca de 50% da receita do grupo. "Os medicamentos genéricos têm um forte potencial de crescimento no Brasil", afirmou o executivo.
O segmento de genéricos no país tem atraído pesados investimentos de multinacionais.
"A EMS está presente em todas as cidades do país [por meio de distribuição]", afirmou Eschberger, lembrando que boa parte dos aportes da empresa também será destinado para marketing e força de venda. Embora seja uma fabricante líder, a companhia acredita que precisa divulgar o seu nome no mercado.
Com um faturamento bruto da ordem de R$ 2 bilhões em 2008, de acordo com dados auditados pela IMS Health, o grupo projeta um crescimento de vendas de 25% em 2009, podendo atingir R$ 2,5 bilhões em receita.
A companhia tem destinado 6% de sua receita líquida (valor que não costuma divulgar) para investimentos de P&D. Em criação de marca, que inclui marketing e força de vendas, o percentual chega a 27%. Para os aportes em suas plantas, o montante corresponde a 2%. A empresa deverá manter o ritmo de investimentos nos próximos anos para crescer 30% por ano.
Com sede em Hortolândia, interior de São Paulo, a companhia também tem uma unidade produtora em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e um centro de logística em Jaguariúna (SP). Em 2008, a empresa encerrou o ano com 160,7 milhões de unidades comercializadas. A capacidade é para 360 milhões unidades/ano.
"Somos uma multinacional brasileira, com unidades em Portugal, na Itália e Espanha, por meio de parcerias", disse Eschberger. O braço da empresa no exterior é a Germed Farmacêutica.
Na área de prescrição, o grupo atua com cerca de 200 produtos – 25% voltados para cardiologia, 13% para ginecologia e 9% para psiquiatria, dentre outros. Nesse mercado a EMS ocupa a 7ª posição, mas busca a liderança.
O reforço da marca da EMS no mercado nacional é uma das metas do grupo, controlado pela família Sanchez. A empresa, fundada em 1964, comercializa medicamentos, como o Energil C, bálsamo Bengué, o antiácido Gelmax e o Gerovitral. Com quase 25 anos de experiência na indústria farmacêutica, Eschberger coordenou as operações brasileiras da italiana Zambon, com passagem pela Janssen Cilag e a Pharmacia (adquirida pela americana Pfizer). O executivo acredita que os laboratórios brasileiros têm forte potencial para expandir no mercado interno, sobretudo os que se dedicam a pesquisas.
Em agosto, a EMS conseguiu um financiamento de R$ 120 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para d
