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ES, MG e RJ enfrentam alta de dengue, apesar de queda na média do Sudeste

Os mais recentes dados do Ministério da Saúde sobre a dengue mostram que a doença permanece presente em todo o Brasil e continua atingido cada vez mais pessoas.

Os mais recentes dados do Ministério da Saúde sobre a dengue mostram que a doença permanece presente em todo o Brasil e continua atingido cada vez mais pessoas. Até o dia 2 de abril, foram registrados 802.429 casos, 13% a mais quando comparado ao mesmo período de 2015. O Sudeste foi a única região que apresentou queda nos números de dengue, no comparativo com o ano passado, houve uma diminuição de 7,9%, puxada pelo Estado de São Paulo, o mais populoso do País, que teve uma redução de 70,8% nos casos registrados. Por outro lado, Espirito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro apresentaram crescimento muito grande nos registros, foram 715,7%, 476,7% e 89,2% de aumento, respectivamente.

O Brasil está entre os países mais endêmicos do mundo quando se trata de dengue. Estimativas da Organização Mundial de Saúde contabilizam que 390 milhões de pessoas são infectadas com o vírus da dengue a cada ano. As Américas em geral, mas a América Latina em particular, contribuem com 14% (cerca de 13 milhões) das infecções ocorridas no mundo; a metade das quais no Brasil e no México.2 O Brasil foi o país com maior número de casos notificados no ano passado. Apenas em 2015 foram confirmados em torno de 1,6 milhão de casos de dengue.

Além do considerável sofrimento humano, o impacto negativo da dengue é substancial em termos de custos médicos diretos e indiretos, que diminuem a produtividade ocupacional. Estima-se que o gasto com a dengue no Brasil foi de 1,2 bilhão de dólares em 2013, uma média de 448 dólares para cada caso de hospitalização e 173 dólares para cada caso ambulatorial.

 

A primeira vacina do mundo

Diante deste cenário alarmante, a vacinação é uma ferramenta importante, que se soma às medidas preventivas de combate à doença, além de contribuir no avanço da saúde pública. E o Brasil já tem uma vacina registrada. Produzida pela Sanofi Pasteur, a vacina tetravalente (que oferece proteção para os quatro sorotipos existentes da doença – tipos 1, 2, 3 e 4) é produzida com vírus vivo atenuado e possui em sua estrutura o vírus vacinal da febre amarela, que lhe garante estabilidade.

Em abril, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou um parecer endossando a vacina contra a dengue da Sanofi Pasteur. A recomendação foi emitida pelo Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em imunização (Strategic Advisory Group of Experts, SAGE) para que a vacina seja usada em países endêmicos, como o Brasil, e faz parte de uma estratégia integrada com tais regiões, com o objetivo de atingir as metas da OMS de reduzir a mortalidade por dengue em, pelo menos, 50% e a morbidade em, pelo menos, 25% até 2020.

Uma análise publicada no The New England Journal mostrou redução de 81% das internações e de 93% dos casos graves, e uma eficácia global – a média entre os índices de proteção contra os quatro sorotipos existentes da doença (tipos 1, 2, 3 e 4) – de 66% a partir dos 9 anos. Isso significa que em um grupo de 1 milhão de pessoas, a vacina é capaz de proteger 660 mil, mais de dois terços da população acima da faixa etária descrita. “A vacina vem contribuir de forma significativa com os esforços governamentais em termos de educação e de controle de vetor (o mosquito transmissor) para prevenção da dengue, bem como redução dos gastos com internações”, explica Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur.

Quanto ao impacto da vacinação contra a dengue no Brasil, o Jornal Brasileiro de Economia da Saúde, JBES, publicou que se o País adotasse um programa de vacinação de rotina de 9 a 40 anos, a redução dos casos de dengue alcançaria 81%, em cinco anos. Com um plano de 10 a 16 anos, a diminuição chegaria a 50%, iniciativa em linha com as metas da OMS de erradicação da dengue.

Como várias outras vacinas disponíveis no mercado, como poliomielite e coqueluche, a vacina contra dengue da Sanofi Pasteur é administrada em três doses com intervalos de seis meses (completando um ano da primeira até a última dose). “Importante destacar, porém que a partir da primeira dose, a vacina já oferece proteção, mas é fundamental receber todas para garantir que a imunização seja duradoura e equilibrada para todos os sorotipos de dengue”, ressalta Sheila.

20 anos de pesquisa e desenvolvimento

Até receber o registro, a vacina passou por um amplo programa de 25 estudos clínicos de diferentes fases, envolvendo mais de 40 mil participantes (entre crianças, adolescentes e adultos), em 15 países, inclusive o Brasil – onde participaram cerca de 3,7 mil pessoas em duas diferentes fases clínicas.

Em 2009, durante o bom andamento das pesquisas para o desenvolvimento da vacina, a Sanofi Pasteur decidiu construir uma nova planta totalmente dedicada à dengue. Essa fábrica já está validada e em operação, com capacidade anual de produção de 100 milhões de doses.

A previsão é que a vacina seja distribuída para o mercado privado após a aprovação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que deve definir o preço ainda no primeiro semestre de 2016.  A CMED é um órgão interministerial responsável pela definição de preços de medicamentos no Brasil.

Além do Brasil, a vacina também já está aprovada no México, em El Savador e nas Filipinas, onde em fevereiro já foi liberada a vacinação.

 

DENGUE EM NÚMEROS

 

  2015 2016
BRASIL 705.231 802.429
SUDESTE 503.254 463.807
MINAS GERAIS 48.210 278.071
ESPIRITO SANTO 3.024 24.668
RIO DE JANEIRO 18.267 34.578
SÃO PAULO 433.753 126.490

Fonte: Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde – Semana 13 (até 2/4/2016)

 

Fonte: Assessoria de Imprensa/Sanofi

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