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Estudo inédito investiga a profissão farmacêutica no varejo

Espaço inadequado para a prática clínica é destaque nos resultados, mesmo assim 47% dos profissionais estão satisfeitos em promover cuidados com a saúde.

Revista da Farmácia (ed. 195):

pesquisa

Em 2015, durante a 11ª edição do Congresso do Varejo Farmacêutico, promovido paralelamente à Expo Pharma, o consultor Fernando Gaspar, mestre em Administração pelo IBMEC/RJ e pesquisador sobre temas relacionados ao varejo farmacêutico, coordenou uma pesquisa junto a farmacêuticos que atuam em farmácias e drogarias. Um ano depois, Gaspar liberou os dados apurados para serem publicados, com exclusividade, pela Revista da Farmácia. Trata-se de um estudo sobre aspectos relevantes e atuais da atividade farmacêutica.

A pesquisa foi feita por meio de um formulário disponibilizado para todos os farmacêuticos que participaram do evento. Dez temas foram avaliados: tempo de carreira, espaço físico, equipamentos adequados, conhecimentos sobre a Resolução RDC 586/2013, confiança e segurança na prática dos serviços farmacêuticos, satisfação profissional, reconhecimento da população, serviços já realizados, confiança na prescrição de MIP e interesse em consultório farmacêutico. No total, a amostra válida teve 30 respondentes.

 

Tempo de carreira

Apesar de 97% dos entrevistados terem até três anos de formação em Farmácia, o tempo declarado de atividade no varejo farmacêutico mostrou-se bem maior. Apenas 17% dos entrevistados atuavam há três anos no setor, 20%, de três a cinco anos, 37%, de cinco a dez anos e 10% atuavam há mais de dez anos.

“Esses resultados podem indicar a existência de uma geração de farmacêuticos que, antes de se formarem em Farmácia, foram profissionais do varejo em outras funções”, explicou o pesquisador Fernando Gaspar. “A hipótese mais razoável é de que sejam herdeiros que ingressaram na carreira farmacêutica por conta do negócio familiar, mas é provocativo imaginar que possa haver outras histórias de vida por trás desse dado, tais como balconistas que receberam apoio e investimento para progredirem na carreira”, acrescenta.

Tempo de carreira

Até 3 anos 97%
De 3 a 5 anos 3%

 

Tempo de atuação no varejo farmacêutico

Até 3 anos 17%
De 3 a 5 anos 20%
De 5 a 10 anos 37%
Mais de 10 anos 10%
Pararam de atuar 10%
Não responderam 6%

 

Espaço físico

Ao serem convidados a avaliar o espaço físico no estabelecimento farmacêutico para a prática clínica, os resultados não foram nada animadores: 45% dos entrevistados consideraram de “muito ruim a ruim”; 24%, apenas “razoável”.  “Ou seja, na faixa entre ‘muito ruim e razoável’, ficaram 69% dos entrevistados. Se considerarmos que a vasta maioria manifestou ter um longo tempo de atuação no varejo farmacêutico, essa avaliação negativa do espaço físico ganha relevância ainda maior, sendo uma percepção quase autocrítica do espaço de trabalho”, analisa Gaspar.

 

Espaço físico no estabelecimento

Muito ruim 17%
Ruim 28%
Razoável 24%
Bom 21%
Ótimo 10%

 

Equipamentos adequados

Por outro lado, a percepção quanto à adequação dos equipamentos e materiais necessários para a prática farmacêutica no local de trabalho se mostrou “razoável” para 53% dos entrevistados e “boa” para 33%. “Considerando que houve uma maciça avaliação negativa do espaço físico, aparentemente as necessidades materiais estão sendo atendidas”, observa o pesquisador.

Título do gráfico: Existência de equipamentos adequados

Muito ruim 3%
Ruim 0%
Razoável 53%
Bom 33%
Ótimo 10%
Não respondeu 1%

 

Conhecimentos sobre a Resolução RDC 586/2013

No que se refere ao conhecimento acumulado sobre a Resolução RDC 586/2013, que trata da prescrição farmacêutica, os entrevistados apresentaram uma tocante autocrítica. Nada menos que 50% dos entrevistados consideraram seu conhecimento de “ruim” a “razoável”, o que deve influenciar, segundo Gaspar, na assertividade com que esses farmacêuticos atuam nas situações de prescrição.  A outra metade considerou seu conhecimento de “bom” a “ótimo”.

“Outro aspecto relevante a ser considerado é que a maioria dos entrevistados, 94%, tem até três anos de formação. Sendo assim, feitos os testes estatísticos, não encontramos qualquer correlação entre tempo de atuação e o tempo de carreira como farmacêutico com o grau de confiança no conhecimento da RDC 586”, analisa Gaspar.

 

Conhecimento sobre a Resolução RDC 586

Muito ruim 0%
Ruim 17%
Razoável 33%
Bom 40%
Ótimo 10%

 

Confiança e segurança na prática dos serviços

Perguntados sobre o grau de confiança e segurança para a prática dos serviços clínicos, o grupo entrevistado mostrou-se bastante confiante. Nada menos que 53% avaliaram sua confiança como “boa” e 20%, como “ótima”. Ou seja, 73% se consideraram muito confiantes para os serviços farmacêuticos. “Percebe-se uma coerência com o resultado da questão anterior, em que 50% dos entrevistados consideram seu conhecimento sobre a resolução de ‘bom’ a ‘ótimo’”, comenta Gaspar.

 

Confiança e segurança para a prática dos serviços farmacêuticos

Muito ruim 0%
Ruim 3%
Razoável 23%
Bom 53%
Ótimo 20%
Não respondeu 1%

 

Satisfação profissional

 

Perguntados sobre a satisfação profissional como farmacêutico ao exercer a prática de cuidados com a saúde, 47% avaliaram de “bom” a “ótimo”, um resultado bem inferior aos 73% de farmacêuticos que se disseram confiantes para a prescrição farmacêutica. “Considerando-se que a amostragem abrange farmacêuticos com um tempo relativamente pequeno de carreira, podemos dizer que uma parcela significativa tem se mostrado satisfeita na atividade de prescrição. Conclui-se, portanto, que a prática de cuidados com a saúde vem sendo feita e tem gerado resultados satisfatórios no que diz respeito à satisfação profissional”, pontua Gaspar.

 

Satisfação profissional

Muito ruim 6%
Ruim 6%
Razoável 40%
Bom 37%
Ótimo 10%
Não respondeu 1%

 

 

Reconhecimento da população

No que se refere à percepção do farmacêutico sobre o reconhecimento da população quanto ao trabalho que ele realiza na farmácia, os profissionais pesquisados demonstraram uma percepção majoritariamente positiva quanto à avaliação que a população faz de sua atividade. Nada menos que 80% dos pesquisados consideram de “bom” a “ótimo” o reconhecimento do profissional farmacêutico pela população. “Cabe ressaltar que os farmacêuticos pesquisados têm vasta vivência no varejo farmacêutico, conforme assinalado anteriormente. Portanto, possuem uma referência consistente de avaliação”, contextualiza o pesquisador. Outro aspecto a ser ressaltado é que não houve respostas “muito ruim” ou “ruim” nesse tema.

 

Reconhecimento da população

Razoável 20%
Bom 27%
Ótimo 53%

 

Serviços já realizados

Na pesquisa, solicitou-se que o pesquisado informasse se já havia realizado alguns dos serviços farmacêuticos listados no questionário. A aferição de pressão e a aplicação de injetáveis, ambas realizadas por 42% dos respondentes, são as atividades mais praticadas. Já aferição de glicemia, 23% dos respondentes, e colocação de brincos, 26% dos respondentes, vêm em segundo falar, sendo a realização de pequenos curativos a atividade menos realizada, pois apenas 16% dos respondentes já o fizeram.

No questionário, havia a opção “outros” para o caso da atividade clínica não estar mencionada no formulário. Curiosamente, 96% dos respondentes optaram por assinalar que realizavam outras atividades clínicas além das citadas na pesquisa, as quais eram, respectivamente, aferição da pressão arterial, aplicação de medicamento injetável, aferição da glicemia capilar, pequenos curativos e colocação de brincos.

“Afinal que outras atividades seriam essas que não foram inclusas no formulário de pesquisa? Estaria o raio de abrangência da atividade farmacêutica muito além do que se tem conhecimento formalmente?”, questiona Gaspar.

 

Serviços já realizados

Sim Não
Aferição de pressão 42% 58%
Aplicação de injetáveis 42% 58%
Aferição de glicemia 23% 77%
Pequenos curativos 16% 84%
Colocação de brincos 26% 74%
Outros serviços 97% 3%

 

 

Confiança na prescrição de MIP

A pesquisa apresentou um resultado alarmante: 61% dos respondentes avaliaram como “muito ruim” o grau de confiança na prescrição de medicamentos isentos de prescrição (MIP) em termos de qualidade e eficácia desses produtos. “Partindo desse resultado, podemos dizer que os laboratórios fabricantes de MIP têm pela frente um grande desafio no que diz respeito à formação de opinião dos farmacêuticos quanto a essa classe de produto”, destaca Gaspar.

 

Qualidade e eficácia do MIP

Não responderam 39%
Muito ruim 61%

 

Interesse em consultório farmacêutico

Finalmente, a pesquisa demonstrou que a possibilidade de atuar profissionalmente num consultório parece gerar bastante interesse nos farmacêuticos: quase 80% dos respondentes. “Estamos diante de uma futura tendência de mercado?”, questiona Gaspar.

Interesse em consultório

Muito ruim 3%
Razoável 17%
Bom 60%
Ótimo 20%

 

Comunicação Ascoferj

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