Em dezembro, foram anunciados pela Gilead Sciences novos dados de um estudo de fase 3 que avalia o Trodelvy (sacituzumabe govitecana) em pacientes com câncer de mama triplo-negativo metastático recidivante ou refratário.
Na análise do subgrupo de pacientes negras, o Trodelvy melhorou a sobrevida livre de progressão, com redução de 56% quanto ao risco de agravamento da doença ou morte. “As mulheres negras têm quase três vezes mais chances de serem diagnosticadas com câncer de mama triplo-negativo e podem ter piores desfechos clínicos em comparação com as mulheres brancas”, afirma Lisa Carey, diretora médica do Centro de Mama da UNC. O medicamento demonstrou maior taxa de resposta global (32% x 6%) e taxa de benefícios clínicos (43% x 15%) em comparação com a escolha de quimioterapia do médico.
A desigualdade entre mulheres negras e brancas é impulsionada por comorbidades, diferenças na biologia e outras disparidades em saúde, razão pela qual entender como o medicamento pode funcionar nesses pacientes é tão importante.
O triplo-negativo é o tipo mais agressivo de câncer de mama e é responsável por aproximadamente 15% de todos os cânceres de mama. É mais frequentemente diagnosticado em mulheres mais jovens e na pré-menopausa e é prevalente em mulheres negras e hispânicas.
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Fonte: Revista da Farmácia