Segundo dados de uma pesquisa realizada pela iq, startup de serviços financeiros, 50% dos brasileiros têm o hábito de comprar em farmácias online. Desse percentual, no entanto, 38% passaram a fazer esse tipo de compra após o início da pandemia de Covid-19. O levantamento contou com a participação de mais de quatro mil pessoas com mais de 18 anos de todas as regiões do País.
A pesquisa mostrou que os itens mais buscados nesse tipo de compra são produtos de beleza (20%), medicamentos isentos de prescrição médica (19%), produtos para higiene (17%), vitaminas e suplementos (15%) e itens para bebês (10%).
Oportunidade de crescimento
Ainda que a mudança de comportamento já beneficie as redes de farmácias, ainda há mais espaço para crescer. A outra metade dos entrevistados ainda não compra pela internet, pois prefere ver os produtos na prateleira (20%), já sair da loja com o produto em mãos (18%) e pelo atendimento presencial (10%).
Fernando Iodice, cofundador do iq e especialista em Finanças Pessoais e Comportamento do Consumidor, explica mais detalhes para a resistência à compra online: “Identificamos, por exemplo, que 15% das pessoas acham o frete muito caro, 10% consideram o prazo de entrega longo demais e 8% não sabiam que era possível fazer compras online em farmácias. Para endereçar essas questões, as empresas precisam, por exemplo, melhorar sua comunicação com os clientes, tornando as compras mais intuitivas”.
Além disso, 77% das pessoas que compram online afirmaram que usariam uma ferramenta de compras recorrentes em farmácias para não ficar sem itens como creme dental, papel higiênico e medicamentos. Outro dado expressivo é que 87% dos entrevistados que fazem uso de medicamentos controlados disseram que comprariam mais vezes online se pudessem enviar as prescrições pelo site e receber a compra em casa – serviço já está disponível em alguns lugares, mas os respondentes desconheciam a informação.
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Fonte: Revista da Farmácia