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País vive ciclo de alta nos investimentos

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Segundo mercado farmacêutico que mais cresce no mundo, atrás apenas da China, o Brasil deverá assistir a um forte ciclo de investimentos nos próximos anos. Laboratórios nacionais e internacionais vão aplicar recursos na ampliação de unidades, na construção de novas fábricas e no desenvolvimento de genéricos e outros produtos, de olho em uma demanda em forte expansão.

O ambiente favorável para o setor sustenta-se em três fatores: ascensão social, que ampliou o mercado consumidor de remédios, mudança demográfica com o envelhecimento da população e modificação no perfil epidemiológico, com o país registrando cada vez mais moléstias de primeiro mundo, como câncer e diabetes. "Nos próximos cinco anos, o mercado pode crescer 12% no geral e 20% nos genéricos, com a expiração de importantes patentes até 2015", analisa Pedro Palmeira, chefe do departamento responsável pelos fármacos do BNDES.

O banco tem contribuído tanto para projetos de inovação quanto ampliação da capacidade produtiva. Criado pelo BNDES em 2004, o Profarma contemplou, em 2010, R$ 1,6 bilhão em financiamentos, dos quais R$ 804 milhões foram direcionados a investimentos em produção, R$ 492 milhões a inovação e R$ 37 milhões a exportações.

Entre janeiro de 2010 e mesmo mês deste ano, o total financiado chegou a R$ 1,2 bilhão. O grande destaque foram os R$ 329 milhões direcionados à inovação, quase o dobro dos R$ 155 milhões referentes a projetos produtivos. "É um número promissor", diz Palmeira.

O ambiente favorável tem despertado a atenção crescente de grupos internacionais que desejam ampliar seus negócios no Brasil, ou daqueles que não estão presentes, mas pretendem fincar suas bandeiras aqui. "Todas as semanas recebemos delegações de empresários estrangeiros interessados no mercado nacional, que poderia ter muito mais investimento, se fosse resolvida a questão burocrática e a demora na análise de novos produtos", afirma Antônio Britto, presidente-executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).

A EMS, que faturou R$ 3,37 bilhões em 2010, com alta de 38% em relação ao ano anterior, iniciará neste ano a construção de três fábricas no Brasil, que devem ser inauguradas até o fim de 2012. Em Manaus, serão investidos R$ 180 milhões em uma unidade dedicada à produção de comprimidos e cápsulas, empreendimento que deve gerar 300 empregos diretos. "Essa unidade terá foco no mercado nacional", afirma o vice-presidente de marketing da EMS, Waldir Eschberger Júnior. Em Brasília, serão investidos R$ 150 milhões em uma planta de antibióticos e hormônios com foco também no mercado doméstico, mas que deverá exportar parte de sua produção. O empreendimento deve ser iniciado em breve. No interior paulista, a unidade de Jaguariúna receberá R$ 30 milhões para produzir suplementos alimentares, o que marcará o ingresso da empresa nesse segmento.

Na Eurofarma, cuja receita bruta alcançou R$ 1,3 bilhão em 2010 e deve voltar a subir 15% neste ano, a estratégia é aumentar a inserção internacional da empresa, com a aquisição de laboratórios na América Latina. Hoje a farmacêutica atinge uma cobertura de 56% do território latino-americano, mas a meta é alcançar 90% até 2015. Nos últimos dois anos, a empresa fechou aquisições na Argentina, no Chile e Uruguai. Outros países estão na mira. "México, Colômbia e Venezuela são países-chave", afirma a diretora da área de sustentabilidade & novos negócios da Eurofarma, Maria Del Pilar Muñoz.

O laboratório nacional Cristália inaugurou no início de 2010 sua nova fábrica, um investimento de R$ 160 milhões, que lhe permite quadruplicar sua capacidade de produção. Em 2011, serão aplicados R$ 50 milhões, com foco no desenvolvimento de produtos, afirma o presidente do laboratório, Ogari Pacheco. Em setembro de 2009, o Cristália inaugurou um centro de pesquisa, no qual foram investidos R$ 30 milhões. Atualmente cerca de 120 pesquisadores registrados atuam na empresa e igual número de cientistas trabalha em 23 centros de pesquisas parceiros. O laboratório possui 33 projetos de pesquisas em andamento, sendo 14 inovações radicais e 19 incrementais.

Apesar de os investimentos em pesquisa e desenvolvimento estarem na média em 5% do faturamento da indústria, bem abaixo dos 10% a 15% verificados em países industrializados, inovação tem sido uma preocupação cada vez maior dos laboratórios instalados no Brasil. Um número recente pode comprovar essa tese. Nos financiamentos do BNDES ao setor, entre janeiro de 2010 e janeiro de 2011, foram direcionados R$ 329 milhões a projetos de pesquisa e desenvolvimento, enquanto o volume para ampliação de capacidade e modernização de fábricas atingiu R$ 155 milhões. "Esse é um resultado promissor e bastante importante, porque registramos maior liberação de recursos ao desenvolvimento de pesquisa do que à construção de novas unidades. Temos intenção de apoiar a inovação na indústria", afirma Palmeira, chefe de fármacos do BNDES.

Para Palmeira, a expiração de patentes nos próximos cinco anos e a possibilidade de investimentos em medicamentos biotecnológicos abrem uma janela de oportunidades para o Brasil. "Será preciso agir com rapidez para que possamos induzir todos os elos da cadeia no desenvolvimento das áreas biotecnológicas. A janela pode durar dois anos. Já, no caso dos genéricos, o desenvolvimento é longo e envolve tempo de pesquisa; é uma forma de internalização do conhecimento, podendo ser um passo para que o país possa adquirir novas competências para futuras fronteiras de conhecimento."

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