De acordo com um levantamento realizado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em parceria com o Ibope, sete em cada dez brasileiros desejam ter horários mais flexíveis. O estudo feito com 2 mil pessoas em 140 municípios apontou que 71% dos entrevistados desejam adequar a rotina de trabalho às próprias necessidades. Além disso, apenas 38% dos profissionais que trabalham com carteira assinada dizem ter flexibilidade, contra 76% dos empregados em atividades informais. O estudo destaca também que 73% das pessoas gostariam de trabalhar de casa ou em um ambiente alternativo. No entanto, só 42% dos profissionais com carteira assinada têm essa possibilidade. Já entre os profissionais informais, 74% dizem ter maior poder de escolha quanto ao local que realizam suas atividades produtivas.

Segundo o especialista em gestão do tempo e produtividade, autor do livro “Equilíbrio e Resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?”, Christian Barbosa, essa necessidade de ter uma rotina de trabalho mais flexível vai ao encontro com os anseios de muitas pessoas que não aguentam mais o volume de interrupções inúteis geradas no escritório, o trânsito absurdo que enfrentam na ida e volta ao trabalho ou do tempo perdido em reuniões desnecessárias. “Vale apenas lembrar que esse movimento exige muitas disciplinas em conjunto a serem tratadas, de questões legais a comportamentais. Para os gestores que pensam a respeito de implantar uma rotina flexível, a minha recomendação é: pense nessa questão de forma bem planejada, pois, com definições claras de resultado, o processo pode funcionar muito bem”, pontua.

Fonte: Christian Barbosa, especialista em gestão do tempo e produtividade