Um levantamento feito pela plataforma Consulta Remédios (CR) mostra os hábitos dos brasileiros com relação ao uso do protetor solar. E entre os dados observados estão o de que o brasileiro cuida muito pouco da saúde da pele. No início deste ano, o Instituto de Cosmetologia de Campinas já havia apontado em pesquisa que 71% dos brasileiros não utilizam o produto e que a pandemia foi crucial para essa mudança de hábito. Os dados da CR confirma essa tendência e mostra que, do ano passado – em que as buscas no marketplace chegaram a mais de 250 mil – para 2023, a queda na procura pelo produto chegou a 44%.
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Segundo dados da SimilarWeb, a maior parte das pessoas que compra protetor solar busca aqueles específicos para o rosto. “Essa é uma forte indicação de que as mulheres são as que mais compram esse tipo de produto, pois possuem um maior cuidado com a pele”, diz a farmacêutica responsável pela CR, Rafaela Sarturi. Levantamento anterior realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia já mostrou que homens são mais afetados pelo câncer de pele. “O fato de a indústria de cosméticos também oferecer hoje em dia produtos que já vêm com base em várias cores também vem aumentando o consumo desse tipo de produto”, reforça.
Já quando o assunto é preço, ao considerar os cinco protetores mais vendidos, a plataforma – que também é um comparador de preços – indicou uma grande variação de valor, indicando que a pesquisa ainda é uma das principais ferramentas para a escolha e uso do protetor solar. “A gente identificou que um mesmo produto chega a ter variação de 167% entre os que foram mais vendidos no último trimestre. Para se ter ideia, um protetor que também tem ação anti-idade pode ser encontrado em valores que vão de R$ 77 a R$ 207. Esse com certeza é um fator decisivo na hora da compra”, diz a farmacêutica.
FPS e regiões do Brasil
O levantamento também mostrou que entre os protetores mais vendidos, estão aqueles com fator de proteção solar 50, seguidos pelo FPS 60 e em 3º lugar o FPS 30. “Apesar de a busca vir caindo como um todo, a gente vê que as pessoas entendem a importância de um FPS mais alto. Até porque esse fator não indica apenas maior ou menor proteção, mas sim tempo de proteção. Quanto maior o FPS, menor a necessidade de reaplicação”, explica Rafaela.
E quando se fala de sol, supõe-se que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, são as campeãs de venda. Mas não é bem assim. O levantamento da CR indicou que o Sudeste é o 1º lugar nas vendas, seguido pelo Sul e somente em 3º lugar o Nordeste. “Existe esse mito de que a pele ‘se acostuma com o clima’, que é uma inverdade. A proteção da pele deve ser realizada diariamente, e não só levando em consideração a exposição ao sol. Até mesmo dentro de casa é preciso passar protetor, que vai prevenir não só o câncer de pele, mas também o envelhecimento precoce”, diz a farmacêutica.
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