Ao nos aproximarmos de um ano de pandemia da Covid-19 no Brasil, já é possível afirmar que as mudanças trazidas pelo isolamento social ao varejo de um modo geral, e principalmente ao farmacêutico, não poderão ser apagadas quando a vida voltar ao “normal”.
Para entender de que forma o setor farmacêutico precisará se adaptar definitivamente ao mundo pós-pandemia, Leandro Ruggero, gerente de ofertas do segmento farmacêutico da Linx, elencou seis insights trazidos pela situação.
1 – Experiência e experimentação no ambiente online
As experiências no ponto de venda físico são uma das principais formas de engajar os clientes. Ruggero explica que antes da pandemia a compra de dermocosméticos, por exemplo, era realizada na loja e com a ajuda de consultores.
“No pós-pandemia, a experimentação e as experiências no ponto de venda serão dificultadas, além de a primeira compra ser realizada pela internet. Os clientes, que antes tinham receio de realizar compras a distância, já começaram a quebrar o preconceito buscando diretamente o canal digital ou marketplaces. A presença nessas duas categorias parece ser indispensável daqui em diante”, comenta.
2 – Fidelização, a repetição da compra online
Como o consumidor passou a gostar da jornada de compra online, a tendência é que o comportamento se torne parte da cultura de consumo no futuro, mesmo quando for possível voltar a frequentar o ambiente físico.
“Nesse cenário, o lojista tem um enorme potencial de fidelização dos clientes nos canais digitais, ao apostar na oferta de boas experiências, além de qualidade e agilidade nas entregas. Essa mudança pode significar redução de custos na operação no longo prazo”.
3 – Oportunidade para pequenas drogarias
Com a diminuição do número de pessoas circulando pelos centros comerciais, as farmácias de bairro ganharam destaque durante o isolamento social. O gerente afirma que é o momento de investir em bom atendimento, ofertas e segurança para as compras.
4 – Digitalização do varejo e diminuição das interações nas lojas físicas
Recursos como e-commerce, Whatsapp e soluções mobile já são praticamente pré-requisitos para as farmácias, evidenciando o nascimento de uma “cultura com mínimo contato”. Por esse motivo, a experiência do consumidor nas lojas físicas deve evoluir, e a utilização de totens de autoatendimento para a compra, pagamento por aproximação, QR Code e Pix são pontos a serem analisados.
5 – Indústria de olho na transformação digital
Ruggero revela que a indústria farmacêutica tem se posicionado firmemente a favor da digitalização do varejo: “Grandes companhias já estão, inclusive, praticando condições comerciais diferenciadas para os varejistas com canais de venda online”. Ele explica que o varejista farmacêutico precisará ter um sistema de gestão robusto e que o auxilie a não perder oportunidades, gerenciando todos os processos envolvidos.
6 – Logística
Com a complexidade do multicanal, as farmácias precisarão ter parcerias com empresas de tecnologia que possam auxiliá-las nas estratégias com distribuidores e indústrias.
“O momento não permite mais apostas: adequar-se, atualizar-se e aplicar as tendências de forma eficaz e correta ao negócio é necessário para não perder clientes e continuar crescendo mesmo durante a crise”, finaliza o gerente.
Veja também: Farmarcas apresenta resultados de 2020 e objetivos para 2021
Fonte: Revista da Farmácia