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Prepare sua farmácia para a venda do teste de HIV

Produto aprovado pela Anvisa ajuda paciente a fazer a triagem inicial.

Revista da Farmácia – ed. 200:

No fim de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou a população para uma tendência crescente de resistência do vírus HIV às drogas disponíveis. Especialistas afirmam que esse fator é resultado de pacientes que adquirem o vírus, iniciam o tratamento e não dão continuidade conforme as prescrições médicas.

O Brasil se encontra na lista de países onde essa resistência foi identificada, mas com índice menor que 10%. Por enquanto, foram reportados 1.391 casos. Ainda segundo a OMS, das 36,7 milhões de pessoas que convivem com o HIV em todo o mundo, 19,5 milhões têm acesso a algum tipo de terapia antirretroviral. A OMS prevê um adicional de 135 mil óbitos e 105 mil novas infecções nos próximos cinco anos, caso novas medidas não sejam tomadas.

 

Autoteste em farmácias

ACTION - site

As farmácias e drogarias do País já contam com a venda do autoteste para a triagem do HIV, o Action, da empresa Orangelife. O produto foi registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 15 de julho. Com a liberação da venda do autoteste, é fundamental que farmacêuticos e balconistas saibam fazer corretamente a venda do produto.

Guilherme Torres, diretor Farmacêutico da Automatiza Sistemas, empresa que presta consultoria e treinamento aos profissionais do setor, aconselha que o primeiro passo seja incentivar o consumidor a realizar o autoteste dentro do estabelecimento e acompanhado por um farmacêutico. “Dessa forma, o profissional poderá passar as informações iniciais sobre o manejo do teste, evitando que o paciente fique nervoso ou ansioso. O farmacêutico também deve frisar que o exame comprado na farmácia não tem valor de diagnóstico e que a presença dele é para auxiliar no que for preciso”, orienta Torres.

Nos casos em que o resultado é positivo, a farmácia tem a opção de colocar um psicólogo à disposição do paciente. “Neste momento, o farmacêutico faz contato por telefone com o psicólogo para que ele converse diretamente com o cliente, acalmando-o. Logo em seguida, os dois profissionais preparam um encaminhamento documentado a um médico para que o paciente seja acompanhado por ele”, acrescenta.

Quando o exame é feito em casa, não é possível oferecer apoio profissional. “Por esse motivo, capacitamos toda a equipe para que os clientes sejam incentivados a fazer o teste na farmácia”, completa Torres. Mas, se o paciente decidir fazer na residência, o farmacêutico pode aconselhar que ele leia todas as instruções de uso na embalagem do produto.

O kit da Action contém todos os itens necessários para realização do exame domesticamente. A pessoa coleta uma gota de sangue, por punção digital, e o resultado é apresentado entre 15 a 20 minutos depois. Por recomendação do Ministério da Saúde (MS), ele precisa ser feito 30 dias após a última possível exposição ao HIV. Esse período de um mês é o tempo que o organismo precisa para produzir anticorpos em níveis que o autoteste consiga detectar. Se acontecer uma nova exposição após esse período, um novo teste precisa ser feito.

O responsável pela direção comercial do Action no canal farma, Antonio Carlos Graça, explica que o resultado é apresentado por meio do aparecimento de linhas na janela de resultado. “Uma linha colorida dentro da janela na banda C indica negativo. Já duas linhas coloridas nas bandas T e C é resultado positivo, lembrando que a eficácia do produto é de 99,9%”, alerta.

Graça esclarece ainda que, apresentando resultado negativo, o ideal é repetir o exame após 30 dias do primeiro teste e outra vez depois de mais 30 até completar 120 dias após a primeira exposição.

 

Procura pelo teste

O farmacêutico e proprietário da Farmácia do Leme, Ricardo Valdetaro, que realiza a venda dos autotestes em sua loja, conta que a equipe foi capacitada para esse tipo de venda. “Eles são orientados a agir com naturalidade na hora da dispensação do produto, mantendo as informações do paciente em total sigilo. Temos a cultura de zelar pela privacidade dos nossos clientes, o que nos ajuda a manter um bom atendimento, principalmente nesses casos”, diz.

Valdetaro iniciou a comercialização do kit em julho e diz que a saída do produto das prateleiras o surpreendeu, porque foi bem expressiva. “Pensei que não fosse vender tanto, mas, para minha surpresa, no mesmo dia em que recebi o autoteste na loja, vendi todos eles, o que corresponde a um total de três em apenas um dia. Na mesma semana, comprei mais seis unidades e todas foram vendidas”, lembra.

Dentro da Farmácia do Leme, o kit fica posicionado atrás do balcão, forçando o consumidor a solicitar ao balconista. “Organizamos o produto ao lado dos preservativos e testes de gravidez, o que ajuda o cliente a lembrar que ali também tem o autoteste de HIV. Percebi que a maioria comprou sem nenhum constrangimento, o que também me surpreendeu”,  conta.

O gerente da Drogaria Fátima, com lojas no Centro e Tijuca, Roberge de Lima, diz que comprou o autoteste para vender nas lojas, mas o produto ainda não teve uma procura significativa por parte dos clientes. “Acredito que os consumidores que tiverem interesse em fazer o exame vão optar pela entrega em domicílio. Isso para manter a privacidade, já que muitos preferem não se expor”, afirma.

Roberge explica que os profissionais da drogaria são orientados a manter todas as informações dos clientes em total sigilo, principalmente quando se trata desse tipo de venda. “Quando o produto é vendido dentro do estabelecimento, informamos que, na embalagem, há informações de como usar o autoteste e mais o número do Disque Saúde, que é 136, caso ele precise de orientações acerca do assunto”, completa.

A Drogaria Droga Mar, localizada no Jardim Botânico, em menos de um mês, realizou a venda de quatro autotestes no estabelecimento. “Compramos para a revenda a quantidade de seis unidades e vendemos mais da metade. Apesar das vendas, percebo que o produto precisa ser mais divulgado para a população. Muitos não sabem que na farmácia podem encontrar o teste para ser feito em casa”, comenta a gerente da Droga Mar, Vânia Maria Ramos.

Uma estratégia usada pela drogaria foi deixar o produto à venda na loja ao alcance do cliente. Vania relata que ele foi exposto ao lado dos preservativos e lubrificantes para o consumidor saber que ali é possível comprar o autoteste do HIV.

Os profissionais da drogaria também foram capacitados para realizar a venda no estabelecimento. “Quando chega um cliente, eles orientam da melhor maneira, esclarecendo todas as dúvidas e explicando como o exame deve ser feito”, conclui Vânia.

Comunicação Ascoferj

 

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