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Projeto de farmacêutica gigante não decola

O Estado de S. Paulo

BNDES oferece programa para financiar aquisições de laboratórios, mas não consegue evitar desnacionalização

O sonho do governo brasileiro de criar uma "superfarma", uma grande indústria farmacêutica para competir globalmente, está ficando cada vez mais distante. Fortalecida desde a criação da lei dos genéricos e exibindo taxas de crescimento acima de dois dígitos, a indústria nacional virou alvo das gigantes multinacionais. O Laboratório Medley foi vendido para a francesa Sanofi-Aventis e, nas próximas semanas, a americana Pfizer deve concretizar a compra da Neo Química.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) preferia ver as duas empresas nas mãos de um dos três maiores e mais sólidos laboratórios nacionais: Aché, Eurofarma ou EMS. Ou que houvesse alguma fusão entre os três.

O chefe do Departamento de Produtos Intermediários, Químicos e Farmacêuticos do BNDES, Pedro Palmeira, admite que é um desejo do banco ter "uma empresa farmacêutica forte, que pudesse aspirar ser um competidor global". "Há alguns anos, se falássemos que o Brasil iria competir com líderes da indústria aeronáutica mundial, a gente ouviria risada. Hoje, isso virou realidade. Por que não aspirar o mesmo no setor farmacêutico?"

Segundo Palmeira, o governo tem interesse estratégico em fomentar o setor por ele ser intensivo em conhecimento e tecnologia. "Nos Estados Unidos, depois do segmento de defesa, o maior investimento governamental é na indústria farmacêutica. E esse setor vai ter um papel fundamental no sentido de permitir que os países em desenvolvimento alcancem os desenvolvidos em termos de conhecimento tecnológico."

Entretanto, a demanda por recursos está aquém da disposição do banco de emprestar. Desde 2004, quando foi criado o Profarma, até agosto deste ano, os financiamentos do BNDES para o setor somam R$ 1,3 bilhão, dos quais R$ 1,1 bilhão já foi contratado. Há dois anos, a intenção do banco era alcançar uma carteira de R$ 2 bilhões até meados de 2008.

O programa oferece linhas especiais para investimentos em inovação, exportação, ampliação de instalações industriais e para fusões e aquisições. "A inovação depende de tempo para acontecer e essa trajetória só será realizada em nosso País por companhias de capital nacional", afirma Palmeira. "Por isso, nossa visão de que uma farmacêutica com musculatura financeira seria bem-vinda."

"Será que vale mais a pena vender a empresa e colocar o dinheiro no CDI ou se manter em um negócio que cresce 18%", afirma José Ricardo Mendes da Silva, diretor presidente do Aché, empresa que fatura R$ 1 bilhão.

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