Varejo nacional fechará 2016 com queda nas vendas, mas varejo farmacêutico continua em crescimento

As redes de farmácias faturaram cerca de R$ 9,3 bilhões em vendas totais no primeiro trimestre deste ano, um valor 13,3% superior ao mesmo período do ano anterior.

O varejo brasileiro deve fechar o ano de 2016 com recuo de 3,3% no volume de vendas, menor do que a queda registrada em 2015 (-4,3%). É o que aponta projeção da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que abrange o varejo restrito nacional, ou seja, não inclui automóveis e material de construção.

Elaborada pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, a projeção sugere que a queda das vendas deverá atingir seu máximo em maio e junho. Em ambos os meses, a diminuição será de, aproximadamente, 6%, considerando-se a variação em 12 meses.

Já a partir de julho, o setor deve começar a se recuperar, mas ainda ficará em campo negativo. O Instituto utilizou como base o Índice Nacional de Confiança ACSP/Ipsos.

Desta forma, apesar de o varejo continuar em forte crise, a projeção sugere que o setor pode ter chegado ao “fundo do poço”, em linha com a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), iniciando depois certa recuperação.

Os resultados podem ser explicados pelo fato de que existem itens de consumo básico difíceis de diminuir, como alimentos e remédios. Também refletem os efeitos da menor base de comparação, da redução dos estoques de segmentos importantes e de expectativas mais positivas por parte do consumidor.

“São sinais positivos. Sinais de que o pior parece ter passado. Embora ainda no terreno negativo, os indicadores apontam para melhora do estado de espírito do consumidor, do empresariado e da indústria. É o primeiro passo para o comércio e o Brasil voltarem a crescer”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Por outro lado, o grande varejo farmacêutico nacional continua crescendo acima dos dois dígitos, mas em ritmo menor. É o que revelam dados divulgados pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). As redes de farmácias faturaram cerca de R$ 9,3 bilhões em vendas totais no primeiro trimestre deste ano, um valor 13,3% superior ao mesmo período do ano anterior.

Os dados, compilados pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), apontaram ainda que só em março a receita bruta cresceu 12,21% em relação ao mesmo período de 2015. No acumulado dos últimos 12 meses, o movimento foi de R$ 37,04 bilhões, um aumento de 12,28% na comparação com o período anterior.

O resultado foi impulsionado especialmente pelos itens da categoria “não medicamentos”, que inclui produtos de higiene pessoal, cosméticos, perfumaria, xampu, absorventes íntimos, adoçantes, tintura de cabelo, preservativos e protetores solares, entre outros. A categoria foi responsável por movimentar R$ 3,21 bilhões entre janeiro e março, um acréscimo de 12,9% em relação ao mesmo trimestre de 2015.

Ainda de acordo com o estudo, a venda de genéricos totalizou mais de R$ 1,07 bilhão, 13,14% superior ao período entre janeiro e março do ano passado. Ao todo, foram vendidas mais de 71 milhões de unidades desta categoria. Já o montante de lojas em operação passou de 5.626 para 6.009, e o número de pessoas atendidas, somente em março, chegou a 72 milhões.

Fonte: Associação Comercial de São Paulo/Abrafarma

 

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