A farmacêutica brasileira Cimed está iniciando uma importante movimentação científica espacial que pode colocar o Brasil em posição de destaque nos próximos anos. A companhia prevê um investimento de R$ 300 milhões, em um período de cinco anos, para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, também por meio de estudos no espaço. O objetivo é incluir o desenvolvimento científico espacial entre os pilares da empresa.
O Cimed X contempla, na primeira fase, uma parceria com a empresa de logística Airyantis e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização supervisionada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), para viabilizar o experimento que consiste em cristalizar proteínas no espaço.
As amostras preparadas pelos pesquisadores do CNPEM serão enviadas para o módulo japonês da Estação Espacial Internacional (ISS), KIBO, em parceria com empresas japonesas e a própria agência espacial do Japão, a JAXA. Em órbita, um astronauta executará o experimento brasileiro e, após três ou quatro meses, se bem-sucedido, as amostras retornarão à Terra para serem analisadas.
“Acreditamos que a investigação por meio dos experimentos espaciais é vital para contarmos com uma indústria farmacêutica nacional mais bem preparada em atender às diversas necessidades de saúde atuais e futuras”, explica João Adibe Marques, presidente da companhia.
O executivo revela que a empresa segue no propósito de desenvolver medicamentos de qualidade a preços acessíveis, assim como vitaminas e produtos de higiene e beleza, mas que passará a investir também em pesquisas espaciais para o desenvolvimento de novos produtos, com foco em medicina preventiva e regenerativa: “Trata-se de um novo pilar da Cimed, que tem como objetivo ampliar o acesso da população à saúde e, ainda, contribuir com o acervo da ciência brasileira”.
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Fonte: Revista da Farmácia