As companhias multinacionais de medicamentos hoje empregam mais agentes de vendas na China do que nos Estados Unidos, o país de maior mercado. Várias delas estão fazendo grandes investimentos, que incluem a construção de centros de pesquisa e de desenvolvimento em solo chinês. Isso porque, em breve, a China deverá superar o Japão como o segundo maior mercado farmacêutico do mundo. Mas vender rmedicamentos e outros produtos na China é cada vez mais difícil. Os chineses não escondem seu objetivo de transformar a indústria de medicamentos do país em uma concorrência mais direta aos principais fabricantes mundiais. Vários fatores contribuem para o boom de consumo chinês. O crescimento da economia deu origem a uma classe média que pode pagar por medicamentos ocidentais caros e tratar de doenças que poderiam ter passado antes despercebidas ou não ser medicadas. A China também expandiu a cobertura do seguro-saúde a centenas de milhões de novos pacientes – 95% da população tinha seguro-saúde em 2011, comparados com 43% em 2006, segundo um relatório da empresa de consultoria McKinsey. Até 2020, os gastos da China em tratamentos de saúde deverão crescer para US$ 1 trilhão, contra US$ 357 bilhões em 2011, segundo a McKinsey. O setor médico do país investiu US$ 160 bilhões em pesquisa e desenvolvimento em 2012, quase superando o Japão, segundo um relatório da Lux Research, de Boston. Fonte: Folha de S.Paulo