A Novartis, pensando na sustentabilidade, promove o destino inteligente de blisters – embalagens de plástico e alumínio para a proteção de medicamentos – remanescentes do processo produtivo da sua fábrica em Cambé, no Paraná.
O diretor-geral da fábrica em Cambé, Bruno Petenuci, fala sobre a decisão de implantar a reciclagem no local: “Isso faz parte da nossa estratégia de eliminar o impacto do plástico em nossas operações”.
O que é o blister?
O blister é uma embalagem primária composta de material plástico (PVA ou PVDC) com cavidades para a inserção do medicamento em comprimido e selado com material laminado (alumínio).
O resíduo aproveitado é formado, em média, por 85% plástico e 15% de alumínio.
Implementação da reciclagem na fábrica de Cambé
A planta fabril tem capacidade produtiva de aproximadamente 2,2 bilhões de comprimidos e mais de 100 milhões de cartuchos por ano. Por conta das regras de excelência e qualidade instruídas pelo Grupo Novartis, o blister reutilizado não tem contato com o medicamento, podendo ser reaproveitado sem levar substâncias químicas para o processo de reciclagem ou ao meio ambiente.
“Em média, 200 quilogramas de blisters são descartados por dia, que agora seguem para reciclagem e produção de portas ou guarnições, por exemplo. A estimativa é que os materiais reciclados pela Novartis possam gerar cerca de 160 portas ao mês”, revela a engenheira ambiental da fábrica, Hellen Schmitt.
O processo de fabricação
O processo de fabricação dos produtos acabados é realizado pela Unicomper, empresa especializada na transformação de material reciclado para o mercado. É ela que ajuda na fabricação das portas, rodapés, guarnições e batentes.
A transformação do resíduo não gera impacto ambiental, pois a extrusão do PVA trabalha em torno de 150ºC e, nessa temperatura, não há degradação do material e liberação de gases poluentes.
Estratégia sustentável da Novartis
A Novartis está comprometida em eliminar o impacto ambiental do lixo seguindo uma estratégia clara de gerenciamento de resíduos. Aproximadamente 80% de todos os resíduos não químicos são reciclados atualmente.
O objetivo da empresa é, até 2025, eliminar o cloreto de polivinila (PVC) em embalagens secundárias e terciárias, reduzindo o descarte de resíduos pela metade em relação aos níveis de 2016.
Além disso, é pretendido que, até 2030, a empresa seja completamente neutra em termos de plástico, com todos os novos produtos atendendo aos princípios de design sustentável.
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Fonte: Revista da Farmácia