Com o objetivo de ampliar a atuação no mercado brasileiro, a Sandoz, divisão do Grupo Novartis, lançará dois medicamentos biossimilares em 2020. Dessa forma, a empresa se consolida como a maior nessa área, tendo oito moléculas comercializadas e duas em estágio avançado de desenvolvimento.
Dessa forma, o portfólio de biossimilares da Sandoz torna-se o maior do Brasil, com quatro medicamentos aprovados, dois deles já disponíveis para comercialização.
Biossimilares ajudam economia
Grande parte do orçamento público para medicamentos é destinada aos biológicos. A chegada dos biossimilares representa uma possibilidade de redução nos gastos e um aumento do número de pacientes que recebem tratamento de qualidade.
O diretor de Especialidades da Sandoz, Fabio Antoneli, fala sobre o assunto. “A Sandoz já é uma líder global em biossimilares e genéricos e caminha para crescer ainda mais no mercado brasileiro. Queremos otimizar o negócio de genéricos e fortalecer o portfólio de biossimilares, ampliando o acesso a tratamentos de qualidade”.
Lançamentos
Os biossimilares previstos para chegar ao Brasil em 2020 são os anticorpos monoclonais adalimumabe e etanercepte, recentemente aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e indicados para o tratamento de diversas doenças graves.
O adalimumabe é 100% humano e direcionado contra o fator de necrose tumoral alfa (TNF-a), um medidor envolvido nos mecanismos que levam a enfermidades nas áreas de reumatologia, gastroenterologia e dermatologia em adultos. Foi registrado no Brasil com o nome de Hyrimoz.
Já o etanercepte foi registrado como Erelzi, e possui cinco indicações para adultos e uma para crianças para doenças como artrite reumatoide e psoríase.
Medicamentos biossimilares
A complexidade de uma molécula biológica não permite uma reprodução idêntica, como acontece com os genéricos em relação aos medicamentos de referência. Os biossimilares são desenvolvidos a partir dos medicamentos biológicos de referência, do ponto de vista estrutural, funcional, pré-clínico e clínico, em termos de segurança, eficácia e qualidade.
Também são mais acessíveis à população, pois seguem o mesmo princípio de comercialização após a perda de patente do medicamento de marca original. “Uma vez que os investimentos nas etapas de desenvolvimento são menores, espera-se que o preço final dos biossimilares seja inferior ao dos medicamentos originadores, gerando mais acesso a medicamentos de alta complexidade e sustentabilidade ao sistema de saúde”, finaliza Antoneli.
Veja também: Veja algumas normas que foram alteradas em 2019
Fonte: Revista da Farmácia