A precificação é inerente a qualquer atividade empresarial e possui dupla função: garantir posicionamento adequado de oferta perante o público e cobrir os custos da farmácia, gerando lucro. Nas farmácias de manipulação não é diferente, mas existem algumas particularidades.
Davi Hoffman, administrador e mestre em Empreendedorismo pela FEA-USP, explicou no site da Consulfarma que o mercado magistral é bastante fragmentado, com muitas empresas concorrendo entre si. Além disso, existe concentração no fornecimento de matéria-prima em poucas empresas, o que complica a gestão dos preços.
Segundo o profissional, é preciso pensar sempre em posicionamento e custos. Com o primeiro, a farmácia é lembrada pelo público, tanto clientes quanto potenciais, e pelos prescritores e fornecedores. Já na perspectiva financeira, o preço é a balança para gerar lucros.
Ele também apresenta os três principais erros que as farmácias cometem nesse sentido e acabam trazendo problemas para as farmácias magistrais.
1 – Fazer preço com base no dos concorrentes: os valores dos outros devem ser usados apenas como referência na competição, mas não como orientadores. Cada farmácia tem seu posicionamento e sua estrutura de custos.
2 – Precificar as fórmulas sem levar em consideração o posicionamento: caso sua farmácia tenha vários diferenciais que os concorrentes não têm, mas cobra um valor parecido, isso acaba desvalorizando a marca. É preciso entender que os clientes estão dispostos a pagar um pouco a mais para ter acesso a esses benefícios.
3 – Não conhecer os próprios custos: é preciso ter certeza que o preço praticado está no nível correto para cobrir os custos e gerar lucros. A precificação exige atualização constante.
Caso a farmácia esteja cometendo alguns desses erros, é preciso fazer uma intervenção rápida e não complexa. É preciso fazer um bom planejamento e uma boa execução.
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